domingo, 7 de outubro de 2012

Política e Espiritismo



::: POLÍTICA E ESPIRITISMO :::

Por: Ery Lopes

“Muito será cobrado daquele que muito recebeu” 
Jesus (Lucas, 12:48)

O espírita sabe, mais do que qualquer outro – ou, deve saber – que tem maiores responsabilidades acerca de
tudo que lhe envolve, sendo a política um dos quesitos fundamentais para a sociedade, ao que podemos dizer que:

“ser um bom espírita é também ser um bom político”, e este ser político abrange o que concorre para o exercício e
também o cidadão votante. A vida social é uma lei natural, conforme lemos em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, e a Política é o instrumento de organização administrativa do Estado, do qual todos devem participar ativamente, exercendo a cidadania. Ser
contrário a essa instrumentação
é fugir das nossas responsabilidades. 

É certo que o jogo político atual é de evidente depravação, no qual imperam a corrupção e o egoísmo, mas 
devemos ter em mente que o nível dos nobres contemplados pelas urnas acompanha a média evolutiva desta 
geração. Ou seja: os eleitos representam mais ou menos fielmente seus eleitores. E por que os mal‐intencionados 
tanto prosperam na Política? Pela fraqueza dos bem intencionados – diriam os mentores espirituais. 

Se pessoas íntegras não se envolverem nas atividades políticas, o espaço sempre ficará livre para os egoístas 
e corruptos. É um trabalho inicialmente qual o de uma borboleta apagando o incêndio na floresta, mas honrosa e
positiva. A espiritualidade não despreza os verdadeiros esforços de caridade e aquele que levantar a bandeira do bem 
comum jamais estará desamparado. 

Dirão que o homem honesto não tem vez nas assembleias politiqueiras, mas a luta desta bandeira não é a do sucesso para agora e já, nem da consagração no pleito: o sucesso está em dar partida a uma contrarresposta ao
padrão criminoso. Moisés foi avisado que não alcançaria em vida a Terra Prometida; Galileu Galilei estava convencido
que não convenceria o Tribunal da Inquisição; Schindler sabia que não conseguiria salvar todos os judeus do
holocausto... 

Ah, o espírito do político sincero é o de trabalhar para a sociedade sem mesmo esperar o reconhecimento de
seu próprio povo; um ímpeto maior o motiva a empregar suas forças para a promoção da ética, sacrificando as 
apelações imediatistas. Convicto na marcha do progresso, não se vende por benefícios mesquinhos nem por aplausos 
e glórias curriculares. 

Sim, à primeira vista, é revoltante ver tantos corruptos prosperarem, mas não percamos de vista a lei 
irrevogável de ação e reação: acreditemos na justiça maior e estejamos certos de que os sanguessugas, que ora riem e
se fartam às custas do povo, prestarão contas e terão de devolver cada centavo indevido, ressaltando que: muito será
cobrado daquele que muito recebeu. Que nossa revolta seja o de quem busca a probidade e não a vingança, 
rebuscando a fala do Cristo: “Bem‐aventurados os que têm cede de justiça, pois serão saciados”. 

Cuidemos igualmente de não cairmos na cegueira da paixão partidária; da defesa desse e daquele nome ou
legenda, porque o fanatismo nos aproxima da cumplicidade, e, consequentemente, de débitos. 

Invoquemos a mensagem de “BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO” para reforçamos 
nosso compromisso espírita de contribuir com a grandiosa missão confiada ao nosso país, conscientes de que o êxito
dela depende de nossa diligência. Somente a espiritualização pode levar a efeito a depuração política e abrir espaço
para o progresso da nação. 

Sejamos bons espíritas! Sejamos bons políticos!

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