quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fé e trabalho

  Fé e trabalho   O trabalho é lei da vida. Sem atividade, o corpo definha e o Espírito se amolenta. Para demonstrar a importância do labor, em dado momento Jesus afirmou: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também. O Evangelho constitui um roteiro de vida equilibrada e saudável, não apenas um repositório de máximas de moral. Saber-se útil é essencial à psicologia humana. A criatura sem atividade produtiva carece de sentido existencial. Tende a adoecer, física e psicologicamente. Entretanto, o gosto por prolongados descansos persiste marcante na Humanidade. Mesmo entre os religiosos, por vezes, o trabalho é tido à semelhança de uma punição. Muitos afirmam desejar morrer para descansar. Ou sinalizam, de variadas formas, considerar a morte uma forma de descanso. O ócio seria um prêmio, um objetivo a ser perseguido. Ocorre que essa linha de pensamento não encontra base na doutrina de Jesus. A Espiritualidade Superior afirma não possuir interesse na incorporação de devotos famintos de um paraíso feito de preguiça. Na Terra, mesmo a erva tenra deve produzir consoante objetivos superiores. Os pequenos animais, guiados pelo instinto, cumprem o papel que lhes cabe. Nessa linha, o que não deverá produzir a magnífica inteligência do Espírito encarnado? Grande é a tarefa depositada nas mãos dos homens cuja inteligência é iluminada pela fé. Fica-lhes muito mal reclamar da vida e desejar trabalhar o mínimo possível. Seu papel é o de agentes da Providência. Necessitam laborar com alegria para que o mundo se torne melhor. Precisam ensinar os ignorantes, amparar os indigentes e os caídos. Esse convívio com seres de valores diferentes não constitui uma punição ou uma desgraça. O solo do planeta representa o abençoado círculo em que podem e devem colaborar com o Senhor da Vida. Trata-se de seu educandário e de sua oficina. Algum dia, lograrão assimilar bem a lição do serviço fraterno. Então, terão acesso a mundos mais depurados e felizes porque estarão habilitados a neles desempenhar tarefas mais sofisticadas. A porta Divina não se abre a Espíritos que não se sublimaram pelo trabalho incessante. A plenitude íntima é condição própria de quem aprendeu a cooperar com Deus, no serviço ao próximo. A figura de Jesus não pode ser invocada para justificar anseios de repouso prematuro. Ele apenas atingiu as culminâncias da ressurreição após subir ao Calvário. Ainda antes, ensinou e exemplificou o bem, de modo incansável. Dentre suas lições, avulta a da fé que remove montanhas. Então, não adianta reclamar ingresso em mundos felizes, antes de melhorar o planeta em que se habita. Para seguir rumo a instâncias luminosas, é preciso acender a própria luz. Ocorre que a luz do coração somente se acende em amor fraternal, à frente do serviço.   Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do livro No Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Candido Xavier, ed. Feb. Em 21.06.2012.  

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