quinta-feira, 3 de maio de 2012

Convite a Esperança

"Não obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando borrasca próxima, aflitiva, espera. Após a tempestade que, talvez advenha, talvez não, defrontaras dia claro pelo caminho. Embora a soledade amarga a fazer-te sofrer fel e dor como se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera. Amanha, possivelmente dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantara aos teus ouvidos gentil canção... Mesmo que tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando planos zelosamente cuidadosos, espera. Há surpresas que constituem interferência Divina, modificando paisagens humanas, alterando rumos considerados corretos. Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e desconsideração, arrojando-te a rua do descredito, espera. A verdade chega após a calamidade da intrujice para demonstrar a grandeza da sua forca, renovando conceituados. A borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga o passo e espera. Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor. O futuro se consolida mediante as realizações do presente... Esperança expressa integração no organograma da vida. O rio muda o curso, a montanha desaparece, a arvore fenece, o grão germina, enquanto esperam... A mãe grandiloqüente do tempo tudo muda. O que agora parece sombras, logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz. Espera, diz o Evangelho, e ama. Espera, responde a vida, e serve. Espera, proclamam os justos, e perdoa. Espera no dever distribuindo consolo e compreensão, porquanto, a fim de que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor, na montanha de Betania, aconteceram a traição infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta, que em sublime esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para o Reino dos Céus".(Convites da Vida, Divaldo P. Franco - Joanna de Angelis).

Nenhum comentário:

Postar um comentário